sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Colunista da Folha rifa Serra e prega voto em Haddad

O texto disfarça e não vai direto ao ponto como escrevi no título, mas no fundo é exatamente isso que prega o colunista do jornal Folha de São Paulo, Gilberto Dimenstein.

Ele diz que PT e PSDB deveriam se unir para evitar uma suposta vitória de Russomanno (PRB). Para disfarçar ele usa o argumento de "voto útil" no segundo turno.

Essa discussão no momento em que pesquisas do Datafolha mostra Serra sendo derrotado em todas as simulações de segundo turno, demonstra que o colunista da Folha já está rifando Serra, e pregando o apoio a Haddad, para evitar eleger Russomanno.

Fica claro que a Folha perderá a eleição de qualquer maneira. A Folha conhece como ninguém as alianças entre barões da mídia e caciques políticos, e sua aliança é com Serra.

Logo vê-se diante do dilema da escolha sobre qual seria o mal menor para si, diante do fracasso da aliança Folha-Serra:

1) Haddad, que apenas rompe sua aliança patrimonialista entre a Folha e os demotucanos na prefeitura, mas que não tem rabo preso com concorrentes da mídia;

2) Russomanno, com aliança político-empresarial com o grupo arqui-rival Record.

O grupo Record, além da rede de televisão, já tem o jornal "Hoje em dia" em Belo Horizonte, o jornal "Correio do Povo", em Porto Alegre, além da própria "Folha Universal" distribuída também em São Paulo, e tem a rádio Record atuando na capital paulista. Há muito tempo fala-se do interesse do grupo Record em lançar um jornal paulista ou de circulação nacional.

Nesse contexto patrimonialista, onde empresas de comunicação e partidos políticos negociam interesses particulares mútuos, dá para entender o que o colunista quis dizer com voto "útil": Haddad não tem aliança com a Folha, como é o caso de Serra, mas também não tem com nenhum outro barão da mídia concorrente. Para a Folha é um mal menor.

Eis o artigo do colunista do jornal demotucano:

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