- Uma onda de homicídios passou a
assustar os moradores das periferias da capital nos últimos 11 dias,
período em que os ataques contra policiais militares e os incêndios a
ônibus se intensificaram na capital. Entre a meia-noite do dia 17 e as
23h59 de quinta-feira, 28, 127 pessoas morreram assassinadas em São
Paulo. O total é 53% maior do que o total de homicídios nos 30 dias de
junho no ano passado.
Homicídios e roubos de veículos voltam a crescer em SP
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Os dados são do Sistema de Informações
Criminais (Infocrim) da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e
publicado hoje no jornal Estadao. O crescimento da violência começou a
se acelerar depois da onda de assassinatos que já matou seis policiais
em São Paulo. A primeira execução ocorreu no dia 12, com a morte do
soldado Valdir Inocêncio dos Santos, de 39 anos. Entre os dias 17 e 23,
mais cinco policiais morreram.
A comparação entre a proporção
dos dados de homicídios na capital e no Estado revelam que o problema se
concentra no município de São Paulo. Conforme dados do Infocrim, os 127
homicídios dos últimos 11 dias na capital representam 73% dos 174
assassinatos no Estado.
Em junho do ano passado, os
homicídios da cidade representaram 27% desse total. “É uma situação
alarmante e mostra a fragilidade da redução da violência em São Paulo. A
cidade parece estar novamente diante de um ciclo de vinganças, em que
primeiro morre um lado, que busca a vingança como resposta. Trata-se de
uma visão de guerra”, afirma o antropólogo Paulo Malvasi, autor de uma
tese de doutorado sobre o mercado de drogas na cidade.
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